terça-feira, 27 de outubro de 2009

Quando me amei de verdade...


Quando me amei de verdade, compreendi que em qualquer circunstância, eu estava no lugar certo, na hora certa, no momento exato. E então, pude relaxar. Hoje sei que isso tem nome... Auto-estima.


Quando me amei de verdade, pude perceber que minha angústia, meu sofrimento emocional, não passa de um sinal de que estou indo contra minhas verdades. Hoje sei que isso é... Autenticidade.


Quando me amei de verdade, parei de desejar que a minha vida fosse diferente e comecei a ver que tudo o que acontece contribui para o meu crescimento. Hoje chamo isso de... Amadurecimento.


Quando me amei de verdade, comecei a perceber como é ofensivo tentar forçar alguma situação ou alguém apenas para realizar aquilo que desejo, mesmo sabendo que não é o momento ou a pessoa não está preparada, inclusive eu mesmo. Hoje sei que o nome disso é... Respeito.


Quando me amei de verdade comecei a me livrar de tudo que não fosse saudável... Pessoas, tarefas, tudo e qualquer coisa que me pusesse para baixo. De início minha razão chamou essa atitude de egoísmo. Hoje sei que se chama... Amor-próprio.


Quando me amei de verdade, deixei de temer o meu tempo livre e desisti de fazer grandes planos, abandonei os projetos megalômanos de futuro. Hoje faço o que acho certo, o que gosto, quando quero e no meu próprio ritmo. Hoje sei que isso é... Simplicidade.


Quando me amei de verdade, desisti de querer sempre ter razão e, com isso, errei muitas menos vezes. Hoje descobri a... Humildade.


Quando me amei de verdade, desisti de ficar revivendo o passado e de preocupar com o futuro. Agora, me mantenho no presente, que é onde a vida acontece. Hoje vivo um dia de cada vez. Isso é... Plenitude.


Quando me amei de verdade, percebi que minha mente pode me atormentar e me decepcionar. Mas quando a coloco a serviço do meu coração, ela se torna uma grande e valiosa aliada. Tudo isso é... Saber viver!!!


Charles Chaplin

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

O CAMINHO SECRETO DAS GAIVOTAS

Hoje a ilha acordou abraçada ao vento
A chuva derramou um rio de contas de água
Hoje uma roseira esqueceu-se de florir
Hoje uma alma suspirou uma profunda mágoa
Quantos caminhos tem um coração
De quantas Luas se faz uma espera
De quantos sortilégios se faz a assombração
De quantas cores se pinta a quimera?
O mar acordou zangado
Açoitou as pedras em frenesim de sal
A espuma ornamentou a ilha em diadema
Afugentou para as profundezas a investida do mal
Hoje os pássaros guardaram o canto
As folhas cobriram a terra
Os deuses enviaram o vento tempestuoso
Declarar ao verde uma furiosa guerra
Estas vagas galgaram o colo da costa
Um ninho resiste ao agreste do tempo
Uma giesta dobra-se ao fustigo
Uma hortênsia eclode no negro basalto
O amor procura o aconchego
Duas almas suspiram em entrega total
Explode a paixão, enlouquece o querer
O amar às vezes é pecado mortal......
Às vezes uma intensa alucinação
Em que viajas pelo meu eu
Às vezes o mundo fica em espera
Da união do mar com o céu
Onde param os teus anseios
Onde encontras a sublime calma
Nestes dias de dura tormenta
Onde aqueces a tua alma?
E eu que não desisto de amar o mar
E eu que vivo prisioneiro do horizonte
E eu que vagueio na crista do sonho
E eu que arrocho esta alma inconstante
Uma alma que corre o mundo de lés a lés
Tal como este vento que varre as encostas
Viajo na distância de um beijo perdido
No...Caminho Secreto das Gaivotas...
O PROFETA

quinta-feira, 1 de outubro de 2009